Em busca de dados sobre violência contra a mulher na Baixada Fluminense

Lu Brito
2 min readMar 25, 2021

Segundo a Organização Mundial de Saúde, violência é o uso intencional de poder ou força física, em forma de ameaça ou indo às vias de fato, contra si mesmo, outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade, que resulta em ou tem alta probabilidade de resultar em ferimentos, morte, dano psicológico, desenvolvimento deficiente ou privação.

Fonte: Arthur Puls (Flickr)

Violência contra a mulher pode ser definida também como o mau uso do poder pelo parceiro íntimo (homem ou mulher), que resulta em perda de dignidade, controle e segurança, bem como sentimento de impotência e aprisionamento experimentado pela mulher que é vítima direta de problemas físicos, psicológicos contínuos ou repetidos, abuso econômico, sexual, verbal e/ou espiritual. Violência contra a mulher também inclui ameaças ou forçar mulheres a testemunharem violência contra seus filhos, parentes, amigos, animais de estimação e/ou bens queridos de seus maridos, parceiros, ex-maridos ou ex-sócios.

No Brasil, a Lei Maria da Penha prevê a criação de um Sistema Nacional de Dados e Estatísticas sobre a Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O problema é que as bases de dados de violência contra a mulher são muito poucas e precárias e sem esses dados nós não conseguimos dimensionar o tamanho do problema e nem propor políticas públicas assertivas para o seu enfrentamento.

Em tempos de emergência de COVID-19, a violência contra as mulheres continua ameaçando seriamente a saúde da população, especialmente das mulheres, em todo mundo, sendo que o tipo mais recorrente de violência é aquela realizada pelo seu próprio parceiro íntimo.

Assim, agora nossa dupla de pesquisa (eu, @lubritolubrit e minha parceira @alayneduarte) estamos aproveitando a campanha #nempenseemmematar no Twitter para dar o pontapé em uma pequena contribuição para a criação de uma base de dados para o enfrentamento da violência contra a mulher. O nosso trabalho ainda está se iniciando, mas seguimos acreditando que podemos, como estudantes e pesquisadoras, ajudar um pouco a diminuir essa nossa dor coletiva.

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Lu Brito

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